quarta-feira, 30 de novembro de 2016

PARADOXO


ESCRITO POR EDUARDO SILVA

30 DE NOVEMBRO DE 2016

Quando alguém falar que o bem mais precioso é a vida - se este não for um ateu, claro! - estará apenas dizendo, de um forma muito GENÉRICA, que não se deve trocar uma vida por um objeto qualquer ou um animal, etc. 
Se fugirmos do GENÉRICO e analisarmos esta afirmação com mais profundidade teríamos que perguntar de qual vida estamos falando, dessa ou da outra. Bom, para um materialista, é dessa, claro! Para um cristão, da outra. 

No primeiro caso ( na visão materialista/ ateia) se admitiria que a vida está numa espécie de categoria similar a categoria das coisas materiais, mas apenas com alguma vantajem (qualquer vantagem), e encerrada numa espécie de esfera terrena e finita. Se essa posição estiver correta (de que essa vida é o bem mais precioso), não haveria virtude, nem alguma grande causa, nem coisa alguma que, ao defendê-la, aceitaríamos nos colocar voluntariamente sob risco de morte; e aqui eu faço uma pausa para lembrar das cruzadas cristã. 

No segundo caso (na visão cristã) o bem mais precioso é, sim, a vida, só que a ETERNA; que transcende este mundo fechado e finito e tudo o que nele está, inclusive esta vida terrena. Afinal, de qual vida estamos falando? "Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á." (Jesus Cristo, Rei do universo!)

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Saber ouvir

Saber ouvir é a outra metade da comunicação.
Mas ouvir como? Existe uma maneira de ouvir em que se fica apenas aguardando o outro parar, para que a gente possa continuar. Outra maneira é ouvir apenas para achar um fluxo lógico a fim de refutar mais eficazmente o argumento. Mas existe uma forma de ouvir também para compreender o coração e a mente da outra pessoa. A mágica está nesta última maneira de ouvir como o outro vê, ouve, sente e pensa.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Quem são os pobres?

ESCRITO POR EDUARDO SILVA
22 DE NOVEMBRO DE 2016

“É preciso entender quem são os pobres, pois está escrito que ‘não só de pão o homem viverá, mas de toda palavra que sai da boca de Deus’ ”.
Ainda falando sobre a carta apostólica 'Misericordia et misera', do Papa Francisco. 

Se fizemos um paralelo com os seus discursos anteriores, por exemplo, a homilia do dia 16 de junho, na capela Santa Marta, onde o papa nos lembra que “a pobreza está no centro do evangélico”, com a carta apostólica 'Misericordia et misera' onde ele escreve que o “próprio Deus continua a ser hoje um desconhecido para muitos; [e afirma que] isto constitui a maior pobreza e o maior obstáculo para o reconhecimento da dignidade inviolável da vida humana”.

Segundo o Papa Francisco, e eu concordo com ele, a maior pobreza que uma pessoa pode experimentar é não conhecer a Deus; logo, ricos e pobres, materialmente falando, são os pobres (“mendigos” da palavra de Deus). Então, vamos parar de excomungar os ricos porque eles são, sim, tão necessitados quanto o catador de papel que passa na tua rua, ainda que não eles saibam. É preciso entender quem são os pobres, pois está escrito que “não só de pão o homem viverá, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”, e aqui estão incluídos os ricos. Ponto!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O SIMPLES

A confusão que as pessoas fazem entre o 'simples' e o 'banal' e tão grande que passam a vida inteira perseguindo o vento com sonhos que, mais às anestesiam do que às impulsionam. A diferença do banal e do simples é que o simples carrega em si toda essência das grandes realizações, descomplica, imita a sabedoria da natureza, fazendo sempre o menor caminho, enquanto o banal, primo-irmão do fútil, se esvazia na própria ação. Conclusão: Busque às grandes realizações, mas para chegar lá, vá no trem da simplicidade!

terça-feira, 15 de novembro de 2016

O que pensa o Cardeal Burke

POSTADO EDUARDO SILVA
15 DE NOVEMBRO DE 2016


Em 2014 o cardeal Raymond Leo Burke, em recente intervista reconhece que existe entre os fiéis católicos uma sensação de que a Igreja está parecendo "um navio sem leme". Fonte: aleteia.org

"No dia 19 de setembro de 2016, ao menos 4 cardeais, entre eles o cardeal Raymond Leo Burke, escreveram ao Papa Francisco uma carta na qual pedem que esclareça 5 pontos da exortação apostólica Amoris Laetitia sobre o amor na família". Fonte: acidigital.com

“Eu acho que o povo americano despertou para a situação realmente séria na qual o país vive, em relação ao bem comum, bens fundamentais que constituem o bem comum, tanto a proteção da vida humana, como a integridade do casamento e da vida familiar ou a liberdade religiosa”. Fonte: acidigital.com


- Comentários do autor do blog -

Um leitor atento perceberá que, em conjunto, esses três artigos forma uma música...


sábado, 12 de novembro de 2016

SOBRE AS DISCUSSÕES ESTÉREIS



ESCRITO POR EDUARDO SILVA
12 DE NOVEMBRO DE 2016

1) Qualquer discussão, seja ela no âmbito virtual (internet) ou pessoal (família, trabalho, etc.) em que uma das partes simplesmente para de escutar seus argumentos vira, fazendo uma modesta analogia, o circo do demônio - onde os macacos do picadeiro são as próprias pessoas envolvidas. 
2) Outra coisa, têm discussões que jamais deveriam começar se, por um instante, fosse aplicado o senso de proporções. 
3) Um ato falho no curso de uma discussão é totalmente admissível, o que NÃO quer dizer que temos que aceitar desonestidade intelectual quando a notamos.
4) Uma discussão é totalmente estéril se o intuito for o de detratar a outra parte. 
5) Por fim, são raras as discussões, principalmente na internet, em que as partes envolvidas permanecem discutindo o objeto que gerou a discussão. O que acontece é que em cinco minutos o objeto inicial sai de foco e começasse o circo do demônio (questão 1), onde cada qual procura a todo custo estar "certo" e, quanto menos se sabe, tanto mais se achará possuidor da verdade; nesse ponto gostaria de lembrar as palavras do grande Bento XVI quando diz: "Não possuímos a Verdade, quanto muito somos possuídos por Ela".
Não se pode dominar um assunto sob todos os seus aspectos (na sua totalidade), é simplesmente impossível! Por mais que você abarque diversos pontos de vista, aqueles que você não percebeu pode estar na boca de quem discute com você, e você deveria escutar e apreender.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

HÁ SEMPRE UMA VÍTIMA


ESCRITO POR EDUARDO SILVA
07 DE NOVEMBRO DE 2016

A auto-vitimização é um subterfúgio que a mente usa para aceitar, de forma generosa e indolor, a incapacidade de lidar com os problemas e desafios do cotidiano. Essa situação encarcera o sujeito de tal forma que qualquer motivo se torna um bom motivo para vitimizar-se, sobretudo se quem se vitimiza o faz ante a uma plateia cativa por questões de grupo, parentesco ou de ideologia. Como não existe vítima sem que exista um ofensor, daí brota a necessidade salvífica de encontra-lo até mesmo quando ele não existe; e, quando não o encontra, cria-se então um espantalho (fantoche) de alguém real para validar tão miserável comportamento. 
Em suma, quem se auto-vitimiza não necessariamente é, de fato, uma vítima, e, não sendo, fará uma ou mais vítimas reais para validar essa condição tão miserável.