sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Funk: Subcultura ou contracultura?


ESCRITO POR EDUARDO SILVA
02 DE OUTUBRO DE 2015

"Fazer o quê? Temos como presidente da república uma criatura que saúda a mandioca!"

O Ministério da Cultura, em 14 de agosto de 2015, na sua página oficial do Foicebook, "reconhece o funk como cultura nacional.[...]Entendemos que  cultura vai além dos gostos pessoais." [1]

Entretanto, no caso do funk, o que vemos é nada mais nada menos do que uma contracultura: rejeição das normas e valores da sociedade, buscando estilos de vida alternativos que estão voltados para mudar a cultura dominante.

Ainda que se aceite o Funk como uma subcultura, ou algo do gênero, existe uma grande distância para que ele possa ser chamado propriamente de 'cultura'. O funk que nasceu na década de 70, EUA, é completamente diferente desse desarranjo que o governo estrategicamente rotula de "cultura" para fins e interesses políticos.

Anos antes do surgimento do Funk, o sociólogo Kingsley Davis, no seu livro 'A Sociedade Humana (1949)' define a cultura como "o único fator capaz de explicar a singularidade do homem, é o seguinte: o homem, e somente ele, possui cultura. É daí que surgem todas as outras diferenças. Sua inteligência, por exemplo, multiplica-se por mil vezes pela posse da cultura." [2] (grifo meu)

Se é verdade, como afirma o Sr. Davis, que a inteligência é multiplicada por mil quando adquirimos Cultura - coisa que eu não posso discordar - como pode a grande maioria das pessoas que fazem da "cultura" funk um estilo de vida, incorporando esteriótipos[3] e formas de linguagem que verdadeiramente estupram o português,  serem, em sua maioria, analfabetos e semianalfabetos incapazes de se auto sustentarem justamente pela suas baixas capacidades mentais? Se você dúvida escute um funk made in Brazil

Como pode uma "música" que repete duas ou três frases de cunho violento e pornográfico, isso quando não faz apologia as drogas, ser "cultura chancelada pelo governo?

Certamente um governo que institui o funk como "cultura" nacional, visivelmente está contra o povo, este que segue cada vez mais burro e alienado no momento mesmo que se acha livre e inteligente.

Fazer o quê? Temos como presidente da república uma criatura que saúda a mandioca! [4]

      Página oficial do Ministério da Cultura, no Facebook.


Artigos relacionados:



[2] Kingsley Davis. A sociedade Humana (1949), p.17

[3] Esteriótipos: Mulheres funkeiras seminuas danças como se estivessem em pelo ato sexual, e homens ostentando um poder financeiro que não possuem.  


3 comentários:

Adilson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Adilson disse...

Adilson disse...

Boa noite, Nobre Eduardo. Salve Maria.
Após alguns dias afastados, e ocupado com as lutas diárias, voltei a visitar seu blog. Perdoe-me por essa fraqueza.

Boa postagem. Tá um tema sobre o qual pretendo escrever um dia.
De fato, é triste vermos a poluição sonora do funk sendo elevado a algo realmente importante, a algo que realmente valha considerar como cultura. No sentido de cultivo de um invenção, essa modinha pode até significar cultura, mas nunca em sentido mais profundo do termo. Como todas as outras modinhas que foram inventada pelos espíritos pobres e vazios o funk breve sumirá na poeira do tempo, bem como seus criadores. Quem não se lembra do pop dos anos 80? Observe-se, ainda, que a tendência desse barbarismo cultural é sempre o de aprofundar sua degradação e putrefação.

Abraços.

Eduardo Silva disse...

O Brasil, na visão desse desgoverno Lulolarápio , quanto pior ficar, melhor! Sou obrigado a concordar com o escritor Olavo de Carvalho quando ele diz que "o Brasil está tão desregrado e imoral que o Islã não encontrara resistência para ocupar os espaços com sua pseudo "moralidade".

Não esqueçamos que até no caos há uma ordem.

Abraço.