quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Deputado Eduardo Bolsonaro e o aborto - Parte 2

Continuação do artigo Deputado Eduardo Bolsonaro e o aborto

O cordão de isolamento que foi colocado em torno do deputado Eduardo Bolsonaro, pelos católicos "ultra" conservadores, para proteger a imagem atribuída a ele de "nova da direita conservadora", logo após ele, na sua página oficial no Facebook, manifestar-se a favor do aborto nos casos de estupro, é, sem dúvida, algo muito relevante.

Eis as relevâncias:

1 - Não há como defender quem quer que seja quando este se confessa abortista, ainda que somente em "certos casos". Notem que o princípio do menosprezo para com a vida está em estado de germe no <em casos de estupro>, como se neste caso magicamente o ser concebido sob uma condição violenta não fosse uma pessoa tal qual outra concebida numa relação sexual consentida.

2 - Quando foi dado o direito de resposta ao deputado, na página católica 'Paraclitus', sobre as acusações de que ele era abortista, o mesmo preferiu dizer que era contra o aborto no caso "X" e "Y". Em nenhum momento tentou esconder que era da opinião de que o aborto -- nos casos de estupro -- é aceitável.
3 - Essa nova direita "conservadora" não se revela tão conservadora assim como na propaganda "facebukiana", e isso é evidente. Na tentativa de blindar o deputado Eduardo Bolsonaro, uns apelam para a religião, outros partem para ridicularização total de quem questiona tal "nobreza".

Allan Dos Santos (Canal Terça Livre)





Página não oficial aparentemente do Olavo de Carvalho (Filósofo) - Não posso afirmar que foi o Olavo quem escreveu isto, visto que é uma página administrada por outra pessoa.


Não sei quem escreveu isto, mas perguntaria a quem escreveu onde está a nobreza em apoiar o descarte de pessoas só porque elas ainda estão nos ventres de suas mães vítimas de estupro? E perguntaria também, a luz do senso de proporções, se "representar o povo contra a lei da mordaça", uma vez que isso é uma obrigação para qualquer deputado honesto, faz dele um nobre? 

O valor semântico atribuído na palavra 'nobre' é no sentido moral, justamente quando o referido post busca tratar como insignificante o apoio do "nobre" deputado ao aborto seletivo, que de nobre não tem nada. 





quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Deputado Eduardo bolsonaro e o aborto


ESCRITO POR EDUARDO SILVA
15 DE DEZEMBRO DE 2015

“Apoiar o aborto, ainda que apenas nos casos de estupro, é, na melhor das hipóteses, pavimentar a estrada que levará a total liberação do aborto.”

É fato inconteste que o deputado federal Eduardo Bolsonaro defende o aborto em caso de estupro; inclusive isso nem ele nega.



Paradoxalmente, ele defende a criminalização do aborto nos demais casos: microcefalia, bem como nos três primeiros meses de gestação. Com essas posições – meio liberal - meio conservador – é possível supor que ele pretenda capitalizar tanto os votos dos “quase liberais” como também dos “quase conservadores”, ou seja, dos cristãos “meia boca”; e acredite, eles são numerosos. 

Apoiar o aborto, ainda que apenas no caso de estupro, é, na melhor das hipóteses, pavimentar a estrada que levará a total liberação do aborto. Isso deveria ser um raciocínio elementar, não é? Quem apoiar candidatos pró-aborto, mesmo que estes apoiem o aborto seletivo, na prática, não reconhece a posição da igreja católica quando ela diz que a pessoa surge no momento da sua concepção. A mesma igreja adverte que: quem apoiar candidatos favoráveis ao aborta cai em pecado grave. E isso não é opcional.

Fazendo jus a profissão, o deputado Eduardo Bolsonaro acha que pode manter a boa figura que construiu ante a uma plateia que aspira por uma direita conservadora, simplesmente dizendo: "Tenho humildade suficiente para para dizer que estou aberto [ele não acha que está errado] a mudar de opinião, mas desde que me convençam [agora quem tem que convencer é ele] através de argumentos, não de ameaças - quem faz isso não vota em nós, não nos conhecem". 

Note que quando ele diz "não nos conhecem" ele nitidamente busca salvar sua imagem tomando emprestado a imagem do pai, Jair Bolsonaro. Isso é coisa de menino que fez arte, e que na hora do "pega" chama o pai ou o irmão mais velho.

Se fazermos um paralelo veremos que o mundo católico está num grande desconforto, porque quatro cardeais pediram uma melhor explicação ao Papa sobre o que ele disse a respeito da possibilidade de dar comunhão aos “recasados”, quando proferiu as seguintes palavras: “Em certos casos” as pessoas que vivem uma segunda união podem receber a Eucaristia. Por acaso não é a mesma posição do deputado ao apoiar o aborto – em certos casos? As duas situações, segunda união e aborto, não são matérias gravíssimas para os católicos? Se podemos pedir explicações até para o Papa, porque não haveríamos de pedir explicações para um simples deputado?

Mas bastou perguntar sobre a questão - aborto seletivo -, na sua página oficial do facebook, os porquês de ele apoiar o aborto em caso de estupro para que ele, de forma totalmente evasiva, desconverse acusando o(s) autor(es) das perguntas de 'esquerdistas', além de alegar perseguição, como ele mesmo escreveu no seu direito de resposta, na página do 'Paráclitus'. *

O problema dos políticos, no Brasil, é que no dia seguinte o das eleições eles “esquecem” que são meros servidores (empregados pagos a peso de ouro) cuja obrigação é acatar a vontade popular que é, na sua maioria contrária ao aborto, independente do caso, e não a vontade do seu grupo de seguidores.

*Pausa para ler a resposta do deputado:

"Prezado administrador, em primeiro lugar peço desculpas pelo banimento e já vou desbloquear o senhor e os demais que bani - preciso saber os nomes deles, que não são muitos, vou ver se consigo achá-los aqui. Ocorre que ao ver pessoas me acusando de abortista - algo que não sou - num post que nada tinha a ver com o assunto, inclusive gerando confusão entre os meus seguidores, pensei estar diante de mais um dos ataques de opositores ideológicos (extrema esquerda) contra minha página, que tentam confundir a cabeça daqueles que nos apoiam. Duvidei que apenas com três letras "sim, eu concordo" comentando uma postagem eu tivesse dado causa a essas atitudes.

O código penal prevê desde 1940 a possibilidade, e não a obrigatoriedade, de que a mulher estuprada possa abortar. A lei não foi de minha autoria, pois não era nem nascido a esse tempo. Hoje uma mulher quando é estuprada e chega ao hospital lhe é oferecida a pílula do dia seguinte e o coquetel anti-HIV, que cabe a estuprada submeter-se a este procedimento ou não. Creio que a intenção dos senhores é defender a vida e nisso concordamos e estamos juntos!
Da minha parte repudiei a decisão do STF de permitir que um feto seja abortado até os 3 meses de gestação deliberadamente. Tampouco concordo com o aborto caso a gestante porte o zika vírus. O zika não é certeza de que gerará um bebê com microcefalia, mas ainda que fosse, entendo ser inconcebível interromper uma vida pelo fato do feto em geração não ser geneticamente perfeito. Se o STF permitir o aborto nestas hipóteses estará abrindo um perigoso precedente para que qualquer anomalia genética enseje a possibilidade de aborto. Contra esta pauta inclusive promovi uma audiência pública com estudiosos sobre o tema, dei entrevistas e discursos, desagradando aqueles que pensam de maneira diferente de mim, mas firme nas minhas convicções. Aliás, essas convicções que não mudam ao sabor de governo ou sob ameaças de "não voto mais em você" - que foi o artifício mais usado para me criticar no tema em comento.
Não sou o dono da verdade, tenho humildade suficiente para dizer que estou aberto a mudar de opinião, mas desde que me convençam através de argumentos, não de ameaças - quem faz isso nunca votou em nós, não nos conhecem. Eis aí mais um motivo para achar estar diante de um ataque de opositores ideológicos.Isto dito, reconheço aqui mais vez meu erro e coloco-me a disposição para eventuais esclarecimentos. Um forte abraço e fique com Deus."
Retomando o assunto.



Notem que mesmo com o direito de se explicar (recuar no seu posicionamento) ele mantem a opinião mostrando-se a favor do aborto em caso de estupro.


Ele defende-se alegando que a 'pilula do dia seguinte' é legal, contudo, quando ela não é usada imediatamente, ou não funciona, a gestação continua, mas segundo sua posição, não há problema em enfiar um tudo na mulher e sugar o bebê, triturando-o, pois, afinal, ela diz [supostamente] que foi estuprada. Agora dá pra entender o crime que ele apoia?

A vida é um BEM INALIENÁVEL. Para os católicos ele acontece no momento da concepção e por isso mesmo qualquer forma de aborto é um pecado grave. Em Mateus 19 Nosso senhor adverte: “Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais, pois o Reino dos céus pertence aos que se tornam semelhantes a elas”

O Brasil tem uma direita BUNDA-MOLE que prova a cada dia não merecer confiança alguma. A safra é tão ruim (salvo raríssimas exceções) que só nos resta educar nossos bebês para que no futuro se tornem homens e mulheres moralmente aptos à vida pública.

Eduardo Bolsonaro e o aborto - Parte 2

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Bodas de algodão


ESCRITO POR EDUARDO SILVA
16 DE DEZEMBRO DE 2016

Há exatamente dois anos, num dia 16 de 2014, me encontrava com o meu destino. Tive a certeza que minha vida, até ali, fora um ensaio para aquele momento e para os outros que se sucederam (Isaac e Pedro). Tudo ganhou um significado e um sentido diferente: novos objetivos e novas responsabilidade fizeram de mim uma pessoa melhor. Se hoje sou uma pessoa mais feliz o mérito é da pessoa por quem jurei meu amor. 

Minha doce Anne Rocha, você é o que, por mérito próprio eu não mereço; mas, por graça, me foi dado, motivo pelo qual eu agradeço a cada terço rezado. Dois anos, duas palavra: Te Amo!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O circo do demômio


ESCRITO POR EDUARDO SILVA
14 DE DEZEMBRO DE 2016

Se no apagar das luzes Moloch vencer e o Brasil vier a descriminalizar o aborto, porque a mulher, a despeito e independente do desejo do homem (progenitor) que quer que seu filho nasça, resolva interromper (assassinar o próprio filho) a gestação pelos motivos mais fúteis e torpes, ela poderá.

Reparem agora:
Será consentido a mulher ABORTAR a possibilidade de ser MÃE, sem o consentimento do homem (Pai) - que muitas vezes nem fica sabendo da gravidez - isso levando em consideração, claro, a hipótese macabra e não tão remota de que o aborto mais cedo ou mais tarde será totalmente liberado no Brasil.
Então, -- e aqui está a questão --, o que impedirá, no futuro, os progenitores dessas crianças em fase/ciclo gestacional também reivindicarem a o direito de ABORTAREM a possibilidade de serem PAIS, já que, como vemos no primeiro caso, a vontade do pai, quando a escolha for da mãe, nem será posto em conta?
Em suma, se a mãe não precisa assumir uma gravidez, porque raios o pai teria que assumir uma?
Não vejo uma só linha sobre essa questão quando o assunto é aborto.