segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Resenha: Bendita Humildade: o estilo simples de Joseph Ratzinger

Autor: Andrea Monda
Editora: 2012 Paulinas, Prior Velho, Portugal
Ano: 2013
Páginas: 199

Num mundo de holofotes, de buscas por um lugar ao sol, onde vaidades desmedidas proclamam que o ter vale mais que ser, esta obra surge como uma brisa suave que se opõe ao relativismo moral e espiritual, do qual o mundo hoje - alegre e festivamente - se encaminha a passos largos.

Não há dúvidas que a vida de Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) é essa brisa suave, não por sua excepcional capacidade intelectual sempre serviço da Verdade, mas por sua simplicidade e humildade: "Tornei-me a tua besta de carga e é precisamente assim que estou próximo de ti", alusão que fez de si com relação ao urso da história de São Corbiniano.[1]

O livro resgata fatos da vida de Bento XVI que são negligenciados, ou desprezados, que, por si só, desfariam a falsa imagem que a ele é atribuída pela mídia secular, católicos progressistas e anti católicos, de um papa retrógrado e insensível.

Enfim, uma obra que fala de um homem que nos encantou pela sua sabedoria; nos motivou pela sua humildade e nos ensinou pela sua simplicidade e coragem, traços esses já tão visíveis no seu primeiro discurso como Sumo Pontífice, quando na ocasião disse:
Queridos filhos e filhas, depois do grande papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram um simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor. Consola-me o fato de o Senhor saber trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes e, sobretudo, confio-me às vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado, confiantes na sua ajuda permanente, caminhemos em frente, o Senhor ajudar-no-á e Maria, sua santíssima Mãe, está do nosso lodo. Obrigado!

Um livro que sem dúvidas merece ser lido, não só por fazer justiça a imagem do grande Bento XVI, mas por enriquecer aquele o ler.

Notas

[1] A figura do urso foi extraída da lenda de são Corbiniano, fundador da diocese de Freising. O santo dirigia-se para Roma, quando um urso lhe apareceu repentinamente devorando sua cavalgadura, quase seguramente um burro. O Santo não desanimou e, censurando asperamente a fera, obrigou-o a transportar a carga do burro, e chegou a Roma com este estranho animal de carga, que, depois, libertou ás portas da cidade.

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