sexta-feira, 26 de junho de 2015

A quem iremos? - Parte II





ESCRITO POR EDUARDO SILVA
26 DE JUNHO DE 2015

Se você está lendo esse texto provavelmente é porque acompanhou o primeiro artigo 'A quem iremos? Part I'cuja leitura se faz indispensável para o melhor entendimento do que estamos discutindo aqui.

O mundo católico, atordoado pela mídia internacional, vem recebendo fortes doses de "emoções" no que diz respeito ao que o Papa teria, ou não teria dito. Todo católico, por mais ingênuo que seja, sabe que a mídia secular pega uma frase do Papa, colore com suas próprias tintas para dar um sentido duplo, quando não inverte completamente o sentido dela. Mas quando vemos o Pe. Linus Clovis (da Arquidiocese de Castries, Ilha de Santa Lucia, Caribe) palestrando sobre o 'efeito Francisco', esmorecemos.[1]

Pois bem, se fosse só isso eu estaria tranquilo. O fato é que tanto eu quanto alguns milhares de católicos estamos inquietos com o que o Papa vem dizendo e fazendo. Uma coisa são os boatos maliciosos, outra coisa é o Papa falar uma língua "estranha" aos católicos, como por exemplo a famosa frase "quem sou eu para julgar"[2] referindo-se ao homossexualismo. Esta frase desacompanhada de um "Vai e tornes a pecar" [Jo 8, 11] pode servir de anestésico para as doenças espirituais, mas nunca como remédio, se é que você me entende.

Este ano o Papa Francisco recebeu no vaticano o ditador cubano Raul Castro, atuando como diplomata numa reaproximação entre Cuba e EUA.[3]  Pensamos o seguinte: Cuba, comunista desde 1959, sofre a miséria imposta pelo regime assassino dos irmãos Castro que está engolindo praticamente toda América Latina com a ideologia mais assassina que o mundo conheceu. E o Papa? Bom, Francisco deveria saber que ao convencer os EUA, no sentido de facilitar (aceitar) as coisas para Cuba, sem qualquer aceno dos seus ditadores na direção para libertar os cubanos da servidão miserável que já persiste por mais de 50 anos, não só está validando o comunismo como também, através da sua imagem, fortalecendo-o, uma vez que nessa queda de braço que há entre o capitalismo e o comunismo, este último saiu vitorioso; para infelicidade do povo cubano e alegria dos Castros.

Se fosse um caso isolado os católicos não teriam motivos para tanto alvoroço, mas quando você vê figuras como João Pedro Stedile, um marxista, comunista, líder de movimentos anarquistas e paramilitares como o MST e da Via Campesina, sendo recebido pelo Papa Francisco, e após,  sair dizendo: "O papa deu uma grande contribuição, com um documento irrepreensível, mais à esquerda do que muitos de nós."[4], bate uma saudade do Papa Bento XVI.

Só para constar, o Papa Francisco gravou um singelo vídeo[5] com uma pequena saudação para os participantes da assembléia da Via Campesina, organização marxista que, segundo a Wikipédia, tem um extrato enorme de crimes contra patrimônio público, vandalismo, apoio a ideologia de gênero, etc.[6]

Reparem nessa citação:
[...]na realidade, qualquer tentativa das organizações sociais para alterar as coisas será vista como um distúrbio provocado por sonhadores românticos ou como um obstáculo a superar. 
Se você pensa que esta citação foi recortada de um site do MTS, Via Campesina, PT, PCdoB ou de qualquer ou movimento esquerdista radical, errou! Esta citação está no número 54 da encíclica 'Laudato Si' que o Papa acabou de escrever.

A América Latina ferve como um caldeirão e o avanço do socialismo (comunismo com nova roupagem) embriaga incautos no mesmo momento em que oprime e descristianiza as sociedades por onde passa, prometendo através de uma teologia "libertadora" um "paraíso" do qual todos os Papas condenaram ao longo da história.

Portanto, o que podemos esperar de tudo isso? Não sabemos. Mas, uma coisa nós católicos sabemos: Deus é Aquele que governa tudo, que pode mudar a sorte de um povo num estante sendo preciso para isso que esse povo se volte para o "seu primeiro amor", como nos lembra o livro do apocalipse capítulo 2, verso 4 e 5.




Notas


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