segunda-feira, 17 de novembro de 2014

FÉRIAS EM PARIS



ESCRITO POR EDUARDO SILVA
17 DE NOVEMBRO DE 2014

"Estes candidatos, socialistas, que atacam ferozmente o capital, a livre iniciativa e o empresariado (classe essa que realmente gera emprego e produz riquezas nesse país, visto que o socialismo só produz miséria – Cuba e Venezuela são exemplos claros disso), não tem a mínima vergonha de usar o capital, do qual eles abominam"

Boa parte das pessoas que conheço desprezam política e, não menos, os políticos. Eu particularmente não a desprezo, embora confesse que preciso de uma certa dose de engov para evitar náuseas devido ao nível moral desses demagogos.

Um bom exemplo disso são os políticos que pregam, mas não seguem, a ideologia socialista gritando de cima dos palanques slogans vazios iguais aos bolsos daqueles militantes que ficam o dia inteiro em pé numa esquina com sede e fome, agitando bandeiras daqueles candidatos que prometeram algum benefício, caso, é claro, sejam eleitos. 

Estes candidatos, socialistas, que atacam ferozmente o capital, a livre iniciativa e o empresariado (classe essa que realmente gera emprego e produz riquezas nesse país, visto que o socialismo só produz miséria – Cuba e Venezuela são exemplos claros disso), não tem a mínima vergonha de usar o capital, do qual eles abominam, ao menos em discurso, para subjugar o proletariado (Leia-se: massa de manobra) colocando-os como cachorros em qualquer esquina, com bandeiras e panfletos, para alcançar seus objetivos que são, no fim das contas, seus projetos pessoais de poder.

Quem anda por Porto Alegre não deixa de notar essa espécie de políticos. Lá, figuras como Manuela d’Ávila (PCdoB), Luciana Genro (PSOL), por exemplo, que nas últimas eleições demonizaram a classe média alta, mesmo fazendo parte dela, não se importam nem um pouco em pregar a igualdade social quando vivem como diferentes (ricos) sem mostrar o mínimo de constrangimento pela incoerência.

O que vale para o Rio Grande do Sul também vale para o Ceará, mais precisamente para Fortaleza, cidade onde fui muito bem acolhido e pretendo permanecer até o natal deste ano. Aqui, o pouco que acompanhei das eleições me fez perceber que socialista é socialista, no sul, no norte ou em qualquer parte do mundo.

Eu não sei se a vida imita o vídeo ou o vídeo imita a vida, tal qual o filme ‘Assalto ao banco Central’ onde um dos integrantes do bando, o engenheiro que projetou o assalto, comunista declarado, “defensor” dos pobres e oprimidos, que inclusive foi responsável pela morte do parceiro assassinado por conta das suas ideias revolucionárias, ao tornar-se rico por conta do sucesso no assalto, o que fez? Dividiu sua parte dinheiro com os pobres como prega os slogans comunistas? Que nada! Foi para Paris, como um bom capitalista apreciar as benesses do capitalismo.

Larissa Gaspar (PROS), candidata a deputada estadual nessas últimas eleições por Fortaleza/CE, é mais um dos tantos exemplos de políticos socialistas que abominam o capital no bolso dos outros, menos no deles. Ela, que não alcançou o número de votos necessários para ocupar uma cadeira na câmara dos deputados, onde segundo ela, poderia combater as desigualdades que há entre pobres e ricos, decidiu exercitar seu socialismo em Paris onde poderá ajudar o proletariado gastando o capital que tanto abomina tomando um bom vinho francês, gerando emprego para garçons e guias turísticos, conhecendo museus, teatros e catedrais - "coisas de burguês" - fazendo um favor a classe trabalhadora gerando emprego e não promovendo o ódio socialista entre o capital e o trabalho.



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