Pensar com Exatidão

ESCRITO POR EDUARDO SILVA

05 DE OUTUBRO DE 2014

Mantendo uma certa regularidade nos meus estudos, com a esperança de me tornar uma pessoa melhor, ou quem sabe menos pior, e, frente a essa avalanche de “cultura” inútil: Carnaval, músicas e programas de entretenimento anticristão, tenho identificado que pessoas de boa vontade sonegam a si mesmos uma vida, de certa forma, feliz.

E é nessa ânsia para alcançar a felicidade que as pessoas se auto sabotam, alimentando suas mentes (corações) com “divertimentos”, digo anestésicos, que tem a duração de um cigarro, uma cerveja ou, algumas vezes, um fim de semana com aquela pessoa da qual não lembrarão nem o primeiro nome na segunda-feira.

Já dizia o livro dos provérbios: “com todo o cuidado guarda o teu coração, pois dele procede a vida.”[1] - não chegará qualquer coisa ao nosso coração sem que antes tenha entrado pelos olhos ou ouvidos. Aqui está, em última análise, o que chamamos de livre arbítrio, uma vez que cabe a nós, somente a nós, escolher o que ocupará o nosso tempo, e sobre tudo nosso tempo livre. Diz o livro do Eclesiástico: “A sabedoria do escriba é adquirida nas horas de lazer”.[2]

É verdade que estamos imersos sob densas camadas de lixo cultural, que alguns chamam entretenimento. Também é verdade que podemos filtrar as informações de forma prática e inteligente. No livro ‘A lei do triunfo’ – Napoleon Hill, é reservado um capítulo inteiro cujo tópico é ‘Como pensar com exatidão’, ensinando que em primeiro lugar devemos separar fatos de meras informações, e, em segundo, devemos separar os fatos em duas classes, a saber: os importantes e os sem importância.[3]

Interessante que no livro ‘O mínimo que você precisa para não ser um idiota’ – Olavo de Carvalho, encontrei o mesmo pensamento quando ele escreve: “Ora, a condição mais óbvia para o desenvolvimento da inteligência é a organização do saber [...]discernir o importante do irrelevante é o ato inicial da inteligência, sem o qual o raciocínio nada pode senão patinar em falso em cima de equívocos.” [4].

Na Bíblia está escrito “Evite as conversas inúteis e profanas, pois os que se dão a isso prosseguem cada vez mais para a impiedade” [5]

Há tempos percebi que o que mais oprime o ser humano é a sua própria ignorância, pensamento esse confirmado pelo prof. Luiz Gonzaga de Carvalho neto quando disse: “O homem ignorante, inculto, é comparado a uma criança recém nascida que, ao sentir fome, sequer sabe que tem fome.” [6]

Ora, pra quem acredita que o mundo espiritual nos afeta diretamente, também não terá a mínima dificuldade em aceitar que, assim como a guerra no céu foi uma guerra de ideias, uma vez que os anjos são puro espirito, aqui na terra, o que oprime o espirito, é a falta de conhecimento (recursos mentais) que nos impede de escolher entre o certo e o errado, o verdadeiro e falso, o que agrega, e o que nos rouba a paz, ainda que nos ofereça o contrário. Como disse Lorenzo Scupoli no livro 'O Combate Espiritual': "A mente humana é um campo de batalha", e é nela que sairemos vencedores ou derrotados.

Notas

[1] Provérbios 4, 23

[2] Eclesiástico 38, 25

[3] Lição 10 - A lei do Triunfo

[4] Tópico 'A Origem da burrice nacional' - Pág. 68

[5]  Bíblia Sagrada - 2TImóteo 2:16

[6]  https://www.youtube.com/watch?v=r1U9EyRryto