ESCRITO POR EDUARDO SILVA
17 DE JULHO DE 2014
"Ninguém questiona uma pessoa por ela querer viver, isso é da natureza humana."
Outro dia uma pessoa do meu
círculo de amigos virtuais, no facebook, escreveu algo mais ou menos assim: “O
que há de grandeza em fazer coisas boas por medo de ir para o inferno.” A
pessoa que postou esta frase se declara espírita, e é claro que foi um ataque
direto às igrejas cristãs.
Sem uma boa reflexão esta frase
facilmente induzirá o leitor a pensar o seguinte: o cristianismo é uma religião
do medo, e a raiz de toda prática de caridade e de amor ao próximo não é um ato
livre de amor, mas, na verdade, um ato de covardia.
Fiquei pensando nisso umas
duas semanas. Eu sabia que era uma falácia, mas me escapava um exemplo
concreto que quebrasse aquela afirmação. Esta semana eu estava na fila de uma
lotérica pensando nesse assunto quando me veio a mente o seguinte raciocínio: Qualquer pessoa que não destruiu suas
faculdades mentais, possui, intrinsecamente, o instinto de preservação: um desejo de viver e de permanecer vivo o máximo que puder. Ninguém questiona uma
pessoa por ela querer viver, isso é da natureza humana.
Até aqui nem mesmo um ateu pode discordar. Mesmo uma pessoa sem qualquer credo religioso tem
apego pela vida, ao menos a dela. Indo nessa linha de raciocínio,
aqui vem o argumento do qual entendo que desfaz àquela falácia que gerou
este texto, que diz: “O que há de grandeza em fazer coisas boas por medo de ir
para o inferno.”
Se no plano terrestre até um animal
luta para preservar sua vida, sendo ele desprovido da lógica (raciocínio), quanto mais o
homem que é corpo e alma? Assim como o homem tem dentro de si o desejo de viver
o máximo que puder nesta vida terrena, porque raios, este homem sendo também constituído de alma, não teria o mesmo desejo de uma vida eterna, lutando com os meios que
Deus infundiu no seu coração para evitar a danação perpétua?
O cristão, de fato, que pratica a caridade, faz, primeiro porque quer agradar a Deus; e, em segundo lugar porque é um mandamento!
O cristão, de fato, que pratica a caridade, faz, primeiro porque quer agradar a Deus; e, em segundo lugar porque é um mandamento!
Portanto, a caridade cristã é um
ato livre, de amor, que tem por objetivo agradar a Deus, assim como uma criança
agrada seus pais porque os ama e não por medo de alguma punição.
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