quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Mentalidade de "Puxadinho"


ESCRITO POR EDUARDO SILVA 
15 DE MAIO DE 2014


Aqui no Brasil, talvez pela cultura, não sei, as pessoas são psicologicamente treinadas para não se afastarem dos seus "ninhos". Nesses tempos modernos, onde estão querendo conferir aos animais a dignidade dos seres humanos, deveriam ao menos observar as águias – sim as águias – elas, quando percebem que está na hora forçar o instinto de sobrevivência dos filhotes, tornam os ninhos cada vez mais hostis e, se isso não funcionar, elas simplesmente os empurram para fora dos ninhos[1].

Com nossas famílias acontece exatamente o contrário. Filhos morando com os pais o máximo que podem, isso quando não se perpetuam fazendo um cômodo (puxadinho) em anexo a casa dos pais.

Se antes esse ciclo era perpetuado pelo egoísmo, ou por medo que os pais sentiam de não estarem perto para proteger suas ”crianças”, hoje, irá se perpetuar pelas condições econômicas. O ganho médio da maioria dos brasileiros não alcança nem o pagamento das parcelas de uma modesta casa, quanto mais ter o capital, ou crédito, para adquiri-la.

Muito se fala em independência nos dias de hoje, mas pouco se entende dela. Eu também não saberia defini-la muito bem, mas uma coisa eu sei... 

“[...]Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. Este mistério é grande – eu digo isto com referência a Cristo e à igreja.” [Efésios 5, 31-32] 

Então, por experiencia própria de quem já viveu estas coisas, quem quiser ter realmente alguma independência no campo familiar (ter a sua própria família), não conseguirá sem antes cortar o cordão umbilical; e não espere que seus pais façam isso. 



[1] Dentro do contexto mencionado, é preciso levar em conta que as águias fazem seus ninhos nos picos mais altos e precipitam seus filhotes avisando-os que é hora de voar.

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