quarta-feira, 5 de maio de 2021

Paulo Freire


 ESCRITO POR EDUARDO SILVA

ABRIL DE 2021


Acredito que a minha geração foi uma das últimas que escapou do método de ensino Paulofreiriano: um projeto de imbecilização das massas que deixou (e deixa ainda) marcas indeléveis nas suas vítimas.

No meu tempo, por exemplo, a soma de dois mais dois era quatro e sujeito, verbo e predicado de uma frase não se separava por vírgula. Só existia "ele" e "ela" e nada mais que isso. Ninguém se submetia a tamanha vergonha de ter de falar "todos e todas" ao dirigir a palavra para um grupo de pessoas, porque naquele tempo "todos" queria dizer todo mundo mesmo.

O legado deixado por Paulo Freire é este: um déficit cognitivo gigantesco que infelizmente não pode ser reparado.

Comunicar-se com pessoas intoxicadas pelo "padrão Freire" é um desafio penoso que requer paciência e muita caridade.

Parece deboche da minha parte, mas não é. É só tristeza mesmo! 
Acabei de ver uma pessoa que tenho em alta conta pagar um mico do tamanho de uma galáxia por tentar lacrar em cima de um sujeito que, de forma simplês e clara, explicava que a "roda é redonda".

Hoje a coisa está desse jeito: a criatura lê um texto, assiste um vídeo ou ouve uma história e é incapaz de juntar as partes e dar o sentido real que o autor colocou ali propositalmente. O déficit cognitivo não a permite decifrar a mensagem no momento mesmo em que a liberta para atribuir o sentido que quiser em frases que, retiradas do seu contexto (até porque este o escapou) nada dizem. E, com ares olímpicos de quem adquiriu uma graduação (diploma) com selo "Paulo Freire de qualidade", ri da própria ignorância na tentativa de ostentar uma superioridade que não possui, e nem poderia!

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